O vereador de Curitiba, Marcos Vieira (PDT), apresentou duas propostas para combater o uso de cerol e linha chilena em Curitiba. A primeira sugere a realização de blitzes em praças e parques, especialmente nos finais de semana e feriados, para intensificar a fiscalização e prevenir acidentes. A segunda propõe a criação de campanhas educativas para conscientizar a população sobre os riscos desses materiais cortantes. Além disso, o parlamentar trabalha para endurecer a legislação municipal, ampliando as penalidades contra quem descumpre as regras. As propostas seguem para análise do Executivo.

A preocupação do vereador surgiu diante do crescente número de incidentes envolvendo linhas cortantes, que representam uma ameaça a motociclistas, ciclistas e pedestres. Com base em relatos da comunidade, Marcos Vieira encaminhou um requerimento à Prefeitura solicitando informações sobre as ações de fiscalização já realizadas, o número de apreensões de materiais ilegais e as penalidades aplicadas. O documento também questiona se há campanhas educativas em andamento e se há planejamento para ampliar essas iniciativas.
Um dos focos da proposta é a região do Bairro Novo A e a Praça do Semeador, no Sítio Cercado, onde o uso de pipas com cerol tem sido relatado com frequência. O alerta se intensificou após o caso de um menino de oito anos, que sofreu ferimentos graves no pescoço ao ser atingido por uma linha com cerol enquanto brincava em um parque do bairro. Ele precisou ficar 15 dias internado devido a danos na traqueia e faringe. "É um problema que precisa de resposta urgente. Muitas famílias nos procuram preocupadas com a segurança de seus filhos e com o risco para quem circula de moto ou bicicleta", afirmou o vereador.
Além da fiscalização, Marcos Vieira destaca a necessidade de uma abordagem preventiva. "As blitzes são fundamentais para coibir o uso desses materiais, mas também precisamos conscientizar as crianças e os adolescentes sobre o perigo do cerol e da linha chilena. Queremos que a Prefeitura intensifique ações educativas nas escolas e utilize seus canais de comunicação para alertar a população", explicou.
O vereador também está atuando para reforçar a legislação municipal, buscando o aumento das penalidades para quem comercializa ou utiliza esses materiais cortantes. "Não podemos encarar isso como uma infração leve. Estamos falando de um risco real à vida das pessoas, e quem coloca os outros em perigo deve ser responsabilizado de forma mais rigorosa", defendeu o parlamentar.
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